sábado, 12 de fevereiro de 2011

STCP

Não gosto de andar de autocarro. É secante, é uma perda de tempo, é cansativo, é desgastante, enfim, é algo que evito sempre que posso. No entanto, há alturas em que não posso deixar de usar este transporte público e lá tenho que me sujeitar às 1001 aventuras que se podem viver numa simples viagem de autocarro.

Esta semana, tive de "levar" com um senhor que, supostamente, ou tropeçou, ou não se conseguiu equilibrar, ou outra coisa do género e, para não cair estatelado, teve de se agarrar a mim, nomeadamente a partes menos próprias... Pediu imensas desculpas, é certo, mas o "mal" já estava feito. Ainda para mais, escolheu sentar-se ao meu lado, fazendo com que passasse 20/25 minutos da minha vida a sentir-me deveras incomodada...

Quando andava na FLUP, era outro o tipo de problemas que tinha com os autocarros da STCP e os seus passageiros. Na altura, frequentava diariamente o 35, que me levava de casa à faculdade e vice-versa. E, para mal dos meus pecados, esse autocarro era também, diariamente, frequentado por uma faixa da população que nós (eu e a minha prima) classificávamos de "passeadores de autocarro" (= pessoas, normalmente mais velhas, que passeiam nos transportes públicos, orgulhosamente, e que nos fazem levantar para se sentarem elas). Não imaginam o quanto me custava ter de ceder o lugar a um destes "passeadores", quando, na maioria das vezes, eu ia super carregada com livros, cadernos, e/ou fotocópias, já para não falar da carteira, guarda-chuva, etc. Mas a boa educação (e os olhares reprovadores destes senhores ou senhoras que só queriam dar o seu passeio) levava a que eu ou nós fosse/fôssemos em pé, em exercícios de equilíbrio mirabolantes, para que os "passeadores" pudessem aproveitar os seus giros da forma mais descansada e regalada possível.

Este tipo de episódios marcou-me (como o provam as recordações). O ódio aos autocarros manteve-se até hoje (bem como aos "passeadores") e duvido que algum dia desapareça. O meu bom senso ajuda-me, quando tenho de me "relacionar" com eles mas, lá no fundo, ainda dou por mim a contar o número de "passeadores" que estão no autocarro...    

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