sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Bilhetes

Boavista – Porto – bilhetes para adeptos da equipa visitante (ou seja, para nós) a 5€. Sporting – Benfica – bilhetes para não sócios entre 30€ e 60€ e bilhetes enviados para a Luz a 50€ (só se forem muito estúpidos é que não vão a Alvalade comprar os de 30€, pelo menos alguns). Estes preços exorbitantes continuam a tirar-me do sério, mesmo não sendo nada comigo (desta vez)… Não será preferível vender 10.000 bilhetes a 5€ do que 1.000 a 50€?

O lucro é o mesmo e o espectáculo só tem a ganhar…

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Mulher ou Negro

Apresentados os candidatos à Casa Branca versão 2008 e os aspectos que parecem ser os mais marcantes dos seus programas, outro ponto merece um momento de reflexão. Política e “politiquices” à parte, o que tem provocado maior revolução nesta campanha é o facto de podermos vir a ter, pela primeira vez, uma mulher ou um negro a comandar o destino da superpotência Estados Unidos da América.

Ou seja, a questão do género e da raça é que vai assumir, neste caso, o epíteto da “verdadeira mudança”.

Mas não se pense que esta situação seria “revolução” apenas nos E.U.A. Caso acontecesse em Portugal, também o seria, pois nunca tivemos um Presidente do sexo feminino ou de raça negra.

E será que os portugueses, aliás, a mentalidade dos portugueses, estaria preparada, como a dos americanos parece estar, para enfrentar um panorama destes?

Para responder a esta questão, perguntamos a alguns cidadãos nacionais a sua opinião. Eis as suas respostas.


Miguel Semedo, Estudante de Bioquímica, 24 anos – Penso que sim, que os portugueses estão preparados. Tal como nos EUA ainda existe preconceito, no entanto a maioria dos eleitores não iria basear o seu voto na raça ou género do candidato.


Olga Marvão, Administrativa, 50 anos – Neste momento julgo que os portugueses ainda não estão preparados. Uma mulher, num futuro próximo, talvez seja um cenário possível, visto que estas se começam a integrar na chamada “sociedade política”, cada dia mais. Quanto a um chefe da nação negro, julgo que o problema é mais complexo, devido ao nosso longo passado colonialista. Embora acredite que o povo, em si, não seja racista, não creio que esteja preparado para uma mudança tão drástica, quando o negro ainda continua a ser visto, na sua maioria, como “alguém”com uma cultura menor, socialmente inferior e com mais tendência a ser marginalizado.


Fernanda Teixeira, Técnica superior de arquivo, 23 anos – Talvez não aceitassem bem, uma vez que ainda têm uma mentalidade muito fechada… Os portugueses estão menos avançados que os norte-americanos nesse aspecto.


João Esteves, Estudante de Medicina, 24 anos - Em relação à temática acerca da preparação, ou não, dos portugueses em ter um presidente negro ou mulher o que me aufere dizer prende-se substancialmente com o facto de que a nação está cada vez mais aberta a novas soluções. Em relação ao primeiro, não se vislumbra ninguém de cor na política nacional, pelo que os portugueses não podem colocar ninguém no governo pelo simples facto que não há solução. Mas respondendo à questão da "preparação" de Portugal, e para tal acontecer, penso sinceramente que se houvesse um candidato de cor com força, valor e empenho, os eleitores já não colocariam barreiras à sua promoção (excepto alguns iluminados, que são já uma minoria). Mas reitero, ainda faltam uns anos largos para surgir alguém com essas características no panorama político nacional. No que toca à segunda hipótese, mulher a presidente, é completamente diferente, já que existem cada vez mais ministras, deputadas, e genericamente mulheres envolvidas na política nacional. Como tal, também não veria inconsequência alguma em ter uma mulher como eleita da nação. Respondendo mais uma vez à pergunta sobre a "preparação" dos portugueses para tal questão, penso também que já não é preciso estar preparado para exercer opção de voto numa mulher, porque são tão competentes e exigentes como os homens, mas falar de alguém em abstracto nunca é fácil. Mas sim, os portugueses estão mais que preparados para votar numa mulher.

Vejamos, por fim, qual é o parecer de João Dias, estudante de Ciência Política, acerca de uma possível conjuntura deste género no nosso país:

Eu acredito que seria possível um negro ou uma mulher serem eleitos para um alto cargo político no nosso país, mas não vejo isso a acontecer nos tempos mais próximos, não pelo preconceito dos portugueses, mas porque não se vislumbra nenhuma mulher ou negro a emergirem no panorama político nacional.

É preciso lembrar que já tivemos uma mulher a ocupar o cargo de primeiro-ministro, mas no caso de um negro seria diferente, porque não podemos comparar a nossa realidade com a dos Estados Unidos. A nossa comunidade negra provém, na sua esmagadora maioria, das antigas colónias e ocupa, sobretudo, camadas sociais muito desfavorecidas, com mais dificuldades de acesso à educação e à cultura, logo mais dificilmente acederá a lugares de destaque na sociedade. Mas isto poderá mudar a médio prazo, talvez com a inspiração em Barack Obama, também ele fruto de uma infância passada na pobreza, tendo de subir a pulso através da excelência e da aplicação.

Ouça também a resposta em:

http://rapidshare.com/files/94235388/Untitled.wma

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Os candidatos da mudança

As actuais eleições primárias nos Estados Unidos da América estão a ser as mais mediáticas, espectaculares e equilibradas das últimas décadas. Há várias razões para isto acontecer: em primeiro lugar não existe nenhum “incumbent” na corrida, ou seja, nenhum presidente ou vice-presidente em exercício concorre para manter o lugar na Casa Branca, o que torna a eleição do lado republicano muito mais aberta. Depois o presidente Bush é um dos presidentes mais impopulares de sempre com taxas de aprovação abaixo dos 40%, logo o povo americano vê com muito entusiasmo e esperança a escolha do seu substituto. Por fim, temos talvez o factor mais importante: os candidatos.

No Grand Old Party (GOP) tínhamos o famoso mayor de Nova Iorque, aquando do 11 de Setembro, Rudolph Giuliani, o actor e ex-senador do Tennessee, Fred Thompson, o senador do Arizona e herói de Guerra, John Mccain, o governador do Arkansas, Mike Huckabee, o milionário e ex-governador do estado de Massachusetts, Mitt Romney e o libertinário e congressista do Texas, Ron Paul.

Já no lado democrata concorrem para o cargo mais importante do mundo uma mulher e um negro. À partida, a senadora de Nova Iorque e antiga primeira-dama, Hillary Clinton, e o senador do Illianois, Barack Obama, tinham a concorrência do antigo senador da Carolina do Norte, John Edwards, que tinha sido o candidato a vice-presidente na campanha de John Kerry em 2004 e o governador do Novo México, Bill Richardson, além de outros candidatos sem expressão. Cedo a corrida democrata se tornou a que mais atenção e emoção despertou, porque, pela primeira vez, um negro concorria com reais hipóteses de ser escolhido Presidente dos Estados Unidos e porque Hillary tinha boas hipóteses de se tornar a primeira mulher a ocupar a sala oval. Também Richardson poderia tornar-se o primeiro presidente americano latino.
Actualmente, e numa altura em que já seria suposto estarem escolhidos os nomeados de cada partido para a eleição nacional em Novembro, apenas a nomeação republicana parece decidida. John Mccain beneficiou de uma desastrosa estratégia de Giuliani, que, mais tarde, desistiu a seu favor, e de fracas prestações de Romney e Thompson. Depois de vitórias decisivas na Flórida e na Super Tuesday, que este ano foi apelidada pelos media americanos de Super Duper Tuesday devido ao facto de nessa Terça-Feira mais de 20 estados terem ido a votos, Mccain tornou-se o claro frontrunner do GOP e apenas permaneceram na corrida Huccabee que tem o apoio da direita evangélica e da ala mais conservadora do partido e procura o lugar de vice-presidente de Mccain e Ron Paul que tem uma agenda própria e apenas pretende passar a sua mensagem ao público.
Mccain é um republicano moderado, com alguns pensamentos mais liberais (como em relação ao aborto e aos homossexuais) e, por isso, é visto com alguma desconfiança por parte da ala mais à direita do partido de Lincoln. Mas John Mccain é um herói de guerra, ferido em combate, que esteve cinco anos em cativeiro no Vietname, tendo-se recusado a regressar a casa sem os seus companheiros e sempre foi fiel aos seus ideais, mesmo depois de ter sido humilhado e quase destruído politicamente após a derrota nas primárias de 2000 frente a George W. Bush. É por isso muito respeitado e será um forte candidato nas eleições gerais de Novembro. Neste momento, do lado republicano, as únicas dúvidas são quando assegurará Mccain oficialmente a nomeação e se terá o apoio incondicional da facção mais radical do seu partido.
No Partido Democrata, a dúvida subsiste e a corrida continua “too close to call” entre Obama e Hillary. À partida, a esposa do último presidente democrata surgia como a clara favorita já que era mais conhecida pelo grande público, era mais experiente e tinha por trás de si a grande máquina dos Clinton. Mas Obama ganhou no Iwoa e na Carolina do Sul, ganhou o ímpeto a que os americanos chamam de “momentum” e provou ser forte nos estados com maior presença de afro-americanos e nos estados onde a eleição é feita através do sistema de caucus (pequenas assembleias onde os apoiantes dos candidatos tentam convencer os outros a juntarem-se aos seus candidatos). Bill Richardson desistiu prematuramente e Edwars foi para casa antes da Super Tuesday e especula-se que poderá ser o vice-presidente do nomeado democrata, já que é um homem branco do sul e poderá trazer eleitorado que fugirá quer a Obama quer a Clinton. Pode-se agora dizer que Obama se encontra melhor colocado para ser o candidato democrata em Novembro, depois de ter ganho todos os estados após a Super Tuesday e de ter uma grande dinâmica de vitória que será muito difícil de contrariar, mesmo para Hillary Clinton, uma guerreira incansável. Este momento menos bom para a sua candidatura já se reflectiu em diversas saídas no seu staff de campanha, mas a 4 de Março vão a votos dois importantes estados que podem decidir, ou não, a corrida: Texas, o segundo maior estado americano em população, e o Ohio, que é dos estados mais importantes na eleição nacional por ser um “swing state”, ou seja, um estado que tanto pode cair para o lado democrata como para o lado republicano. Se Hillary ganhar esses dois estados a corrida continua, senão será, muito provavelmente, Obama o nomeado Democrata.

Na verdade, não se pode dizer que haja uma grande diferença entre as ideias de Obama e de Hillary, já que ambos têm um programa bastante semelhante, exceptuando algumas nuances, como por exemplo nos seus projectos para o sistema de saúde. A grande diferença estará na mensagem que transmitem e no eleitorado que atraem. Barack Obama tem baseado a sua campanha na ideia de mudança (veja-se o seu slogan de campanha: A change we can believe in), prometendo trazer uma nova imagem e uma nova atitude contrariando o status quo de Washington. O actual único senador negro dos EUA e apenas 5º da história daquele país tem conseguido o apoio esmagador das comunidades afro-americanos, assim como dos jovens e dos eleitores mais instruídos. Obama também tem recebido mais apoios entre os independentes e mesmo entre os republicanos do que a sua adversária. Já Hillary Clinton, apesar de também expressar vontade de mudança, fundamenta a sua candidatura na ideia de experiência e no facto de ser a melhor preparada para assumir o lugar da presidência e relembra constantemente os bons anos que os americanos passaram sob o leme do seu marido, Bill Clinton, especialmente no que concerne à economia. Economia que é um dos temas-chaves desta campanha, dado que nos Estados Unidos se vive um clima de pré-recessão. O eleitorado feminino tem sido preponderante no voto em Hillary, mas também os latino-americanos têm votado maioritariamente nela. Clinton tem a seu favor o facto de ter ganho nos principais estados, alguns deles autênticos bastiões democratas e sem os quais nenhum candidato liberal poderá vencer em Novembro, como, por exemplo, Califórnia e Nova Iorque. Mas, por outro lado, tem as desvantagens de ser alvo de uma relação amor-ódio por parte dos americanos: ou gostam dela ou a detestam (e por isso irá buscar menos votos aos indecisos) e de ser vista como fazendo parte do “establishment” de Washington.

Por cá, assistir-se-á com toda a atenção à continuação desta fantástica contenda entre candidatos que estão a dividir, mas, ao mesmo tempo, a apaixonar a América e o Mundo.


Mais informações sobre os candidatos estão disponíveis nas suas páginas web oficiais.

http://www.hillaryclinton.com/
http://www.barackobama.com/
http://www.johnmccain.com/

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Eleições norte-americanas


Nos últimos tempos, tenho acompanhado, com algum interesse, as eleições norte-americanas. No entanto, ainda não consegui perceber muito bem qual o principal motivo para tal: se pelo facto de concorrer uma mulher (Hillary Clinton) ou se por causa da mudança que o novo presidente poderá trazer.

Seja qual for o eleito para habitar a Casa Branca a partir de Janeiro de 2009, Hillary Clinton, Barack Obama ou John Maccain, penso que, não só os americanos mas todos aqueles que sonham com um mundo livre e cada vez mais global, sairão a ganhar (o que não será muito difícil, após 8 anos sob o “regime” de Bush…).

A propósito deste assunto (as eleições nos Estados Unidos da América) e no âmbito de um trabalho para a disciplina de Jornalismo Especializado, resolvi pesquisar um pouco e escrever umas linhas. Publicarei num próximo post…

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Ikea

Com certeza que todos já tiveram conhecimento da existência da Ana, a assistente virtual do Ikea, pois o mail circula por aí.
Mas, no caso de haver alguém menos “informado”, deixo aqui o link para que possam perguntar-lhe tudo aquilo que vos passar pela cabeça.
Perguntem tudo, mas mesmo tudo, por mais disparatado que possa parecer!


http://www.ikea.com/pt/pt

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Carnaval em...

O Carnaval é uma festa que a mim, neste momento, diz pouco, muito pouco. No entanto, e como muito boa gente, alimento o sonho de um dia poder passar esta data em Veneza.

Não sei exactamente o porquê, uma vez que, mesmo achando as máscaras venezianas deliciosas, não me parece que tal seja suficiente para todo o fascínio que este local, nesta época, me suscita.

Espero um dia descobrir e, se possível, já no próximo ano ;-)

Deixo aqui uma das imagens do dito Carnaval para que o sonho permaneça activo…



Não havendo viagem para Veneza, organiza-se viagem para Moledo, porque é Carnaval, arranjam-se sempre uns dias de férias (uma das poucas vantagens em ser-se professora), e há que aproveitar!

Sem ritmo, estilo ou espírito carnavalesco, Moledo tem outros 1001 encantos que me encantam e que, um dia, me fizeram apaixonar (por si).

Moledo tem praia, tem rio, tem montanha… Tem calor e tem frio (mas também tem lareira (lol); tem silêncio e tem barulho mas transmite sempre paz; tem cultura e tem dolce far niente, conforme a disposição de cada um…
E tem-me a mim de vez em quando!!!



Desculpem o narcisismo, mas não tenho fotos de Moledo só com paisagem lol…

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Um pouco de JE...

Por vários motivos e com várias finalidades, decidi criar um blog só meu. Certo é que, num momento como este, em que tudo e todos têm um blog, aliás, é moda ter um blog, o meu vai ser apenas mais um. Mas o ser muito ou pouco visitado não é propriamente o que me interessa, nem o que me move, portanto… Encaro esta minha iniciativa como uma mais valia, onde posso transmitir algo e ao mesmo tempo receber. E esta dualidade é sempre positiva, bem como outras experiências que esta aventura me possa proporcionar! É possível que fiquem a saber um pouco mais sobre mim, sobre aquilo que penso, sobre aquilo que defendo e sobre aquilo que gosto ou não. Entre outras coisas, um blog serve também para isso, não é verdade? Enfim, este vai ser um desafio um tanto ou quanto exigente, porque um blog exige tempo, (coisa que não tenho), uma vez que deve manter-se minimamente actualizado, e dedicação (que ainda não tendo, vou fazer por ter). E fica dito!